Há alguns anos atrás quando se ouviu falar de Orkut ou mesmo de rede social, tudo era uma grande novidade e como tudo que é novo traz algum alvoroço, ti ti ti e por ae afora. Era algo diferente e tão incrível que era possível achar pessoas queridas, que a tempos havíamos perdido o contato. Então logo isso virou mania, hoje muita gente tem e muita gente também criou a sua. Algumas redes tiveram sucesso, outras não e poucas parecem que nunca deixarão de crescer.
A rede social do momento é o Facebook com visual simples, leve e não escandaliza os olhos com cores gritantes. Mas não abri este artigo para falar desta rede, mas para salientar o comportamento dos associados e como isto é um reflexo de sua própria vida, talvez a minha inclusive.
Sempre acreditei que desde o início destas redes, seu principal potencial seria a troca de informações e experiências vividas como forma de agregar conhecimento e sabedoria, afinal de contas diz-se que a vida é curta demais para aprendermos com nossos próprios erros. E de certo modo esta "troca" vem acontecendo, mas muito pouco, como dizem por aí, a passos de formiga. Estudiosos afirmam que o período de maior desenvolvimento da humanidade foi a partir da escrita criada a pelo menos 4.000 anos a.C. Pois se então a escrita foi responsável por tal crescimento intelectual, em um período em que não havia como compartilhar qualquer tipo de informação além daquela localização geográfica, como seria esse crescimento hoje onde tudo é "possível" (eu acredito que tudo seja possível, mas pode ser que eu esteja errado) em termos de comunicação? Mas tudo que consigo ver me parece é que estamos andando na marcha ré. Muitas vezes não compartilhamos informação e nem experiências, tudo que conseguimos dividir é nosso egoísmo, nossa estupidez e nossa "insustentável leveza do ser". Parece até um campeonato para mostrar quem consegue ser menor tentando apresentar a maior das felicidades e alegrias. Depoimentos como: "Tirei 11,5 em biomedicina quantica", "Fim de semana chapado em Búzios" abaixo da foto com cara de manguaça, "Achei minha cara metade" e aquela pose de dar inveja aos Deuses do Olimpo. Tudo como se quisessem esfregar a tal felicidade na cara de quem lê, mas desculpe informar - eu não tenho culpa. Não, não estou com inveja da sua felicidade, alias quero mais é que todos alcancem seus objetivos, tenham seus problemas resolvidos e suas doenças curadas, mas acredito que haja um certo exagero na maioria destes posts. Rico nunca diz que tem dinheiro, diz? Felicidade plena so se alcança no paraiso, logo você não estaria aqui para deixar um scrap. E qual o sentido de enfatizar tanto minha felicidade assim quando de repente posso tê-la roubada pela inveja alheia ou mesmo literalmente. Uma explicação seria é porque realmente somos pequenos assim ou queremos esconder algo, talvez até doença. A depressão é a principal doença dos tempos atuais, desencadeada por algum desafeto, acidente, morte na familia, a própria sociedade e os problemas atuais que ela te cobra ou mesmo por questões patológicas. Mas não estou aqui para dizer como você deve agir em relação as rede sociais ou a sua própria vida, só acredito que nós seres humanos passamos por esse plano por algo maior e não simplesmente por aquilo que é imediato, instantâneo e passageiro, deveríamos levar muito mais daqui que não só pequenos sentimentos e momentos, simplesmente porque são pequenos. Ou pode ser que foi eu que não entendi as redes sociais ainda.
"Digam o que disserem O mal do século é a solidão Cada um de nós imerso em sua própria arrogância Esperando por um pouco de afeição" Legião Urbana.
A rede social do momento é o Facebook com visual simples, leve e não escandaliza os olhos com cores gritantes. Mas não abri este artigo para falar desta rede, mas para salientar o comportamento dos associados e como isto é um reflexo de sua própria vida, talvez a minha inclusive.
Sempre acreditei que desde o início destas redes, seu principal potencial seria a troca de informações e experiências vividas como forma de agregar conhecimento e sabedoria, afinal de contas diz-se que a vida é curta demais para aprendermos com nossos próprios erros. E de certo modo esta "troca" vem acontecendo, mas muito pouco, como dizem por aí, a passos de formiga. Estudiosos afirmam que o período de maior desenvolvimento da humanidade foi a partir da escrita criada a pelo menos 4.000 anos a.C. Pois se então a escrita foi responsável por tal crescimento intelectual, em um período em que não havia como compartilhar qualquer tipo de informação além daquela localização geográfica, como seria esse crescimento hoje onde tudo é "possível" (eu acredito que tudo seja possível, mas pode ser que eu esteja errado) em termos de comunicação? Mas tudo que consigo ver me parece é que estamos andando na marcha ré. Muitas vezes não compartilhamos informação e nem experiências, tudo que conseguimos dividir é nosso egoísmo, nossa estupidez e nossa "insustentável leveza do ser". Parece até um campeonato para mostrar quem consegue ser menor tentando apresentar a maior das felicidades e alegrias. Depoimentos como: "Tirei 11,5 em biomedicina quantica", "Fim de semana chapado em Búzios" abaixo da foto com cara de manguaça, "Achei minha cara metade" e aquela pose de dar inveja aos Deuses do Olimpo. Tudo como se quisessem esfregar a tal felicidade na cara de quem lê, mas desculpe informar - eu não tenho culpa. Não, não estou com inveja da sua felicidade, alias quero mais é que todos alcancem seus objetivos, tenham seus problemas resolvidos e suas doenças curadas, mas acredito que haja um certo exagero na maioria destes posts. Rico nunca diz que tem dinheiro, diz? Felicidade plena so se alcança no paraiso, logo você não estaria aqui para deixar um scrap. E qual o sentido de enfatizar tanto minha felicidade assim quando de repente posso tê-la roubada pela inveja alheia ou mesmo literalmente. Uma explicação seria é porque realmente somos pequenos assim ou queremos esconder algo, talvez até doença. A depressão é a principal doença dos tempos atuais, desencadeada por algum desafeto, acidente, morte na familia, a própria sociedade e os problemas atuais que ela te cobra ou mesmo por questões patológicas. Mas não estou aqui para dizer como você deve agir em relação as rede sociais ou a sua própria vida, só acredito que nós seres humanos passamos por esse plano por algo maior e não simplesmente por aquilo que é imediato, instantâneo e passageiro, deveríamos levar muito mais daqui que não só pequenos sentimentos e momentos, simplesmente porque são pequenos. Ou pode ser que foi eu que não entendi as redes sociais ainda.
"Digam o que disserem O mal do século é a solidão Cada um de nós imerso em sua própria arrogância Esperando por um pouco de afeição" Legião Urbana.
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